8.8.21

Aos domingos fazemos a barrela à roupa das camas. «Se a minha mãe me visse» é a frase mais batida. Essa e «Está um frio do c#ralho!».

2.5.21

A que horas começa a guerra?

Só depois do futebol.

14.4.21

Soldado, leve este bilhete ao Sargento das Dores. Não há caganeira que aquele homem não cure. Rápido, homem, que a guerra não espera e a tripa também não!

12.1.21

O pelotão está em alvoroço. Mandaram limpar as armas e confinar os corpos. Mas nós somos soldados, não somos ratos.

22.11.20

E agora já estamos todos?!

Não, meu Comandante. Falta o Solha.

Que safoda o Solha, hoje comemos pargo. Companhia! Marchar!

5.11.20

E Godot? Já o encontraram?

Godot está morto, Senhor. 

Viram o cadáver, confirmaram a dentadura?

Não, Senhor, mas ninguém o conseguiu encontrar até hoje, Senhor.

Os mortos não desaparecem, rapaz.

Mas os desaparecidos morrem, Senhor...

24.7.16

Meu Capitão, não sei dizer se um avião, se um foguetão, do que me lembro é que voei até ao espaço, metade da aeronave em primeiríssima classe, a outra metade sentada no chão, e eu, a meio, encostado à borracha basculante do autocarro da carris. Passámos ao lado do feijoeiro da varicela (alguém me disse), que continuava céu acima; quase batemos na Pokémoon enferrujada, que decidiu disparar sobre nós. Nesta altura, meu Capitão, algo que não sei explicar aconteceu, vi-me em terra, observando a fuga do aparelho aos disparos da Pokémoon. Se pensa que desertei, engana-se, logo depois voltei à máquina voadora e mais não sei dizer. Quando aterrámos, uma passageira misteriosa e o seu cão faziam parte da tripulação. Suspeitamos de que se trata de uma infiltração do espaço.